12/09/2014

BORRAZÓPOLIS: “Luto e revolta em Borrazópolis”

TRÁGICO - Jovem mulher morre depois de sofrer anos buscando atendimento digno em Borrazópolis
 
 Ela escreveu uma carta, antes de morrer, denunciando o descaso da Saúde e entregou ao Berimbau - Em breve a carta aqui no Blog

O repórter Ronaldo Alves Senes, o “Berimbau”, lamentou profundamente a morte da jovem mulher Marta Apolinário, de 34 anos. Marta visitava a Rádio Nova Era para falar com o repórter quase sempre. Suas palavras eram sempre carregadas com choro e lamentações pela forma humilhante que vinha sendo tratada pela Secretaria de Saúde, de Borrazópolis. Marta não criticava diretamente os funcionários, e até elogiava alguns médicos, mas a demora no atendimento e o desespero de quem estava morrendo e não conseguia uma consulta especializada, provocava nela um sentimento de revolta. “Berimbau, minha cabeça dói 24 horas, eu venho no Hospital porque deve ter algo errado comigo, mas chego aqui não consigo medicamento, não consigo uma transferência, acho que eles jogam os meus papeis fora, é um descaso”, disse Marta na última entrevista ao Berimbau. Recentemente, ela não suportando mais o descaso, perdeu a paciência e até jogou um grampeador contra a parede dentro de uma unidade de saúde em Borrazópolis. No dia seguinte, uma funcionária comissionada do senhor prefeito Didi e vice Joel, ao invés de buscar solução, registraram uma queixa contra a paciente na delegacia. Ela chegou a ser chamada, mas o registro do boletim não avançou, principalmente depois que souberam que durante todos estes anos, Marta não brincava, não fingia e nem era louca, como muitos diziam, mas sim tinha uma doença grave. No início de setembro, de 2014, ela falou por telefone com nossa reportagem, disse que estava num Hospital de Londrina:  "Berimbau, depois de tanto pedir socorro no Hospital e não conseguir, eu vim, aqui em Londrina fazer uma tomografia particular, veja bem, particular quando deveria ser pública, e o médico não deixou eu nem voltar para casa ao perceber a gravidade, agora espero que consiga sobreviver depois de sofrer tanto em Borrazópolis", disse Marta ao Berimbau. Ela dizia ainda que estava com  muito medo, porque os médicos anunciaram que o procedimento era de alto risco. No dia 12 de setembro, após três dias operada, os médicos anunciaram sua morte. Antes de ir para Londrina, ela escreveu uma carta onde falava de suicídio, desespero e da sua angustia; esta carta, ela pediu que seu marido entregasse ao Berimbau caso ela morresse. Gerson Apolinário, esposo, está profundamente revoltado, a  carta já está em poder do Barimbau, e ele  pediu um espaço para falar na Rádio. (EM BREVE A CARTA E A FALA DO MARIDO).     “Lamento o ocorrido, e lamento muito mais por saber que enquanto a elite que está no poder fecha os olhos para a pobreza que sofre, tem muito mais gente padecendo, esperando o pior, justamente porque estamos diante de um dos piores momentos da saúde pública na cidade. Não vamos culpar ninguém pela morte, mas sim pelo sofrimento de alguém que poderia ter descoberto o problema muito antes e quem sabe evitado a tragédia”, disse o Berimbau.  VELÓRIO E SEPULTAMENTO -  (Velório no Salão da Vila Verdade e previsão de início do velório somente na noite de sexta para sábado. Sepultamento no sábado, 13 de setembro Mais detalhes na Funerária Nossa Senhora de Lourdes - 43 3452 1258)

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