06/02/2014

POLÍTICA - PARANÁ: "Polêmicas de André Vargas"

Em Cascavel, Vargas fala sobre eleições, alianças, obras e seu protesto

Presente ao show Rural que acontece até este sábado (7) em Cascavel – PR, o vice-presidente da Câmara, deputado federal André Vargas (PT/PR) concedeu entrevista à rádio CBN. Na ocasião, Vargas falou sobre o seu polêmico gesto na abertura dos trabalhos do Congresso, as eleições incluindo sua provável candidatura ao Senado, além da posse de professor Lemos na prefeitura de Cascavel. Vargas afirmou que o gesto feito ao lado do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, foi um ato de resistência. “Não foi o sinal somente de José Dirceu e Genoíno. Foi usado por Sócrates na chamada Democracia Corintiana, pelo presidente Lula nos movimentos de luta, pelo próprio Nelson Mandela, pelos Panteras Negras e Jesse Owens quando ganhou e fez um protesto contra a discriminação racial. No nosso entendimento é um sinal de resistência àquilo que Joaquim Barbosa vem fazendo que, independente de entrar no mérito do julgamento do mensalão, que é colegiado, mas em relação à execução das penas, já que ele vem sendo seletivo”, disse em referência ao fato do delator Roberto Jefferson ser réu confesso de que teria levado R$ 4 milhões, em detrimento de Genoíno, que está preso por ter assinado um contrato de empréstimo.   Vargas afirma que o repúdio também foi por conta de outros temas como a criação dos novos quatro Tribunais Regionais Federais, um deles no Paraná. O deputado ressaltou que o Congresso aprovou a criação dos tribunais, e que no entanto “ele [Joaquim Barbosa] concedeu liminar na calada da noite, mas não leva a julgamento para saber o que seus colegas vão dizer, por exemplo, qual o prejuízo que os TRFs gerariam para a justiça do Paraná e do Brasil”, defende.   “Nós votamos duas vezes, debatemos o tema por 13 anos no Congresso, aprovamos, eu sancionei e ele concedeu liminar como ação de inconstitucionalidade. O que queremos é que ele coloque na pauta da votação”, ressalta.  Vargas reforça que não foi nenhuma ofensa pessoal ao ministro, pois houve um cumprimento de forma cortes, mas foi “um protesto, pois entendemos que ele tem agido de forma autoritária”.     Candidatura   -
Em relação à sua provável candidatura ao Senado, afirma que tem conversado muito com o diretor do Banco do Brasil, Osmar Dias. No seu entendimento, Osmar deveria enfrentar a questão política como política, seja como vice ou como senador. “Se ele for candidato ao Senado, vou apoiá-lo, se não for, eu gostaria de ser. Até o final de março deveremos resolver isso”.  Em relação ao seu possível concorrente, Álvaro Dias, Vargas afirma que somente agora ele começou a andar pelo Estado. “Ele é importante para a oposição, é a voz da oposição em relação à presidenta Dilma, mas não é a voz do Tribunal Regional, das ferrovias – aliás, estamos trabalhando para um ramal que passe pelo Norte do Estado, mas mantenha essa ferrovia do Oeste também, para colher a produção e fazer chegar ao Porto”, enfatizou, completando que Dias não defende os interesses dos paranaenses.  “O senador Álvaro Dias não tem defendido as causas do Paraná, é esse o debate. Não acredito que Osmar Dias dispute com o irmão e, se precisar, estou preparado para estar ao lado da senadora Gleisi. Álvaro é fortíssimo e favorito, desde que não tenha adversário. Seu perfil é de ataque, tem respeito, mas me parece insuficiente para representar o Paraná”.   Alianças   - Sobre o apoio do PMDB, Vargas lembra que o partido está dividido e já foi assim na última eleição, quando alguns integrantes decidiram apoiar Beto Richa. “O PMDB pode ter candidatura própria, já que Requião é muito forte, foi governador com três mandatos e é hoje quem de fato enfrenta polêmica e tem 45% do PMDB, mas também pode optar por apoiar Richa. O PT está aberto, temos a vaga de vice e eventualmente a vaga do Senado, se eles quiserem vir conosco. Queremos conversar com o PMDB, mas não podemos ajudar na divisão do partido”, avalia.  O deputado afirma que a eleição no estado está totalmente obscura. “Richa ou Gleisi podem ficar fora do segundo turno, se Requião se candidatar, ele tem a sua força”.

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